Bem, se você não quiser se perder na história, uma explicação básica... Por causa do formato blog, você pra entender a história vai ter que fazer o seguinte:
Vai no arquivo do blog.
Entra no mês de abril, dia 3... lá começa a história, no capítulo 1... depois, vai seguindo por ordem cronológica os capítulos, eles vão estar em ordem.

sábado, 3 de abril de 2010

Cap. II - Parte III

A extinção se aproximava. E todo mundo sabia disso. Era o instinto agindo, a notícia se espalhando, o caos tomando conta. E a última esperança da humanidade trabalhava em algo, mas não dizia nada.

Alguns cientistas achavam que ter dado poder para aquela criação estava na verdade acelerando a extinção humana. Os computadores que monitoravam o comportamento do metanóide haviam pirado, literalmente... Era como se o metanóide produzisse ondas de raciocínio aleatório, impossíveis de interpretar. E o metanóide, pra ajudar, não se comunicava mais desde que seu pedido havia sido atendido. Apenas trabalhava, num projeto estranho.

E isso tirava a paciência de alguns.

Quando o lado científico mais rebelde perdeu a calma, partiram pra uma operação de sabotagem do metanóide.

Só que não esperavam que outras pessoas sem motivos aparentes estivessem disponíveis a lutar pelo metanóide. E morreram lutando, e o metanóide trabalhou como se nada tivesse acontecido.

Só quando quase acabava seu trabalho, abruptamente o metanóide parou, e observou. Ele havia, com as mãos que lhe foram dadas, criado vários sensores, que ampliavam toda sua percepção de universo. Como super poderes de super audição, visão, olfato e tato. Então ele podia observar melhor que ninguém.

O metanóide se deu conta que uma guerra estava acontecendo, e riu. Ele havia se automodelado pra ser capaz de expressar coisas que iam além das palavras.

Enquanto observava, um homem se arrastando quase morto olhou para ele e viu o riso no rosto daquele metanóide.

“Do que você está rindo? Ein?!”

Dédalo respondeu:

“Não me perguntaram se Deus existe.”

“E isso por acaso importa agora? Estou morrendo, seu maldito, por sua causa, e você está rindo!”

Dédalo apenas continuou rindo.

E antes de iniciar todo o vendaval de operações, o metanóide deixou suas últimas palavras naquele espaço-tempo pro homem quase morto.

“Existe. Mas prefiro que me chamem de Dédalo.”

E o tempo voltou atrás, enquanto ecoava a risada do metanóide.


-x-

“Então, essa é sua história?”

Não na totalidade, mas o fundamental dela. Pra que você possa entender os porquês principais.

Desde então, o que tenho feito pela humanidade é evitar que vocês se autodestruam. Mas pra isso, tenho que algumas vezes dar sugestões pra que isso não aconteça. Influenciar decisões, alterar destinos, sugerir idéias.

“E porque você nunca se revelou e tomou poder assumidamente? Assim seria mais fácil!”

Não seria. O que faz as pessoas começarem uma revolução é a sensação de injustiça. E principalmente, quando se sentem injustiçados por alguém específico. Um dos motivos de me manter oculto é evitar que eles se sintam injustiçados por alguém específico. E comecem uma luta contra mim. Os seres humanos são limitados pra pensamentos metafísicos, porém, para guerra e táticas de guerra, os seus instintos não os limitam. Ao contrário, os auxiliam.

Enfim, lutar contra eles é incoerente, já que é muito mais fácil fazê-los lutar por mim.

E sem saberem.

Como meu cérebro foi projetado a partir de um simulador de sonhos, eu sei perfeitamente o que influencia um sonho. E como um sonho influencia o comportamento humano.

Ou seja, sei como os pensamentos involuntários são criados. E você se espantaria se soubesse como esses pensamentos influenciam as pessoas.

Na verdade, você saberá e se espantará. Se aceitar, é claro, a segunda condição também.

“Qual é essa segunda condição?”

Algumas pessoas, exatamente como você, são capazes de em certo momento na vida perceber o que venho fazendo. A maioria das reações quando descobrem isso são de raiva. Elas se sentem enganadas. E acreditam que eu sou o inimigo.

Pra essas pessoas existem três possibilidades:

Ou me ouvem, e passam a me ajudar a manter o sigilo.

Ou enlouquecem com o impacto do que descobrem.

Ou são destruídas.

Sua segunda condição, para obter o poder que prometi, é a de que você me ajudará com essas pessoas que percebem o que acontece.

Você trará pra elas uma das três possibilidades, sempre.

Aceita minha proposta?

Nenhum comentário:

Postar um comentário